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"Vejo os sites de previsões mais de 4x por dia" - Henrique Pinguim conversa com o Cutback


Pinguim em ação. Foto: Lucca Biot

No último mês de junho um swell poderoso entrou no Rio de Janeiro, ficando com boas condições na Praia do Leme. O fotógrafo/filmaker profissional de surf Henrique Pinguim fez a imagem do ano de uma onda no Brasil. O take rodou o planeta e impressionou o mundo do surf. Estava tudo muito encaixado: a onda, a luz, o drop do surfista. Pinguim começou há 12 anos, com uma Gopro e foi evoluindo no seguimento. Mas claro, ele já trabalhava com fotos. Henrique trabalhava em uma rádio e cobria eventos. O Cutback aproveitou o momento excelente do Pinguim para saber mais sobre o fotógrafo. Ao Blog, Henrique contou do seu início, dos perrengues, das sessions na Região dos Lagos e mais. Confira!

Cutback: Além de Saquarema, você já fotografou/filmou em algumas outras ondas da Região dos Lagos? Cabo Frio, Arraial do Cabo ou Búzios?

Pinguim: Sim! Já fui Várias vezes para a Região dos Lagos. Me amarro em fazer surf trip para esses lugares perto de casa. É sempre muito especial.

Cutback: Você é um dos caras mais casca grossa da fotografia de surf do Brasil. Como foi o seu início, teve alguém que te inspirou, já fotografava outros nichos...?

Pinguim: Pô muito obrigado! Fico feliz em ler isso. Meu início foi uns 12 anos atrás. Comecei de Gopro 1 que comprei para me filmar e nos dias ruins fotografava meus amigos. Chegando em casa via que o resultado e o posicionamento estavam legais. Na sequência fiz o curso do Sebastian Rojas e fui muito inspirado pelo meu amigo Pedro Tojal. Eu por alguns anos fui fotógrafo de uma rádio gigante, a FM O Dia. Fotografava pagode, noites e funk. Um começo bem atípico dos demais fotógrafos de surf.

Medina voando em onda do Havaí. Foto: Henrique Pinguim

Cutback: Parece óbvio, mas seria bom uma explicação de um profissional. É mais difícil fotografar da areia ou dentro do mar?

Pinguim: Ambos difíceis! Na areia para você se destacar você tem que inovar. Tem que por sua criatividade 1000%, se não vai ser apenas mais um na multidão. Ter foco e não perder o momento, na areia tem muitas distrações. Para mim a areia é mais difícil [risos].

Cutback: Você filmou o swell mais icônico da temporada, no Leme. No seu canal do YouTube você disse que já estava estudando a entrada da ondulação. Com qual frequência você se planeja e espera a entrada de um bom swell? Monitora de semana em semana...?

Pinguim: Valeu! Fazer gol é muito bom, ainda mais golaço dentro de casa [risos]. Esse momento foi muito especial para mim e para o meu amigo Leopoldo [surfista na onda]. Eu vejo os sites de previsões mais de 4x por dia. A minha vida é dirigida por eles.

Cacimba do Padre nas lentes. Foto: Henrique Pinguim

Cutback: Qual foi o maior mar que você fotografou de dentro?

Pinguim: Pipeline sem dúvida nenhuma. 15 pés [4,5 m] havaianos e muita água.

Cutback: Como foi o período de isolamento? Tirou o tempo para mudar equipamentos, estudar, ficou com a família...?

Pinguim: Foi tenso. Triste. Perdi muitos trabalhos agendados. Deixei de fazer o que mais amo. Mas por um lado me atrevi na edição de vídeo. Estou engatinhando! Loooonge de dominar, mas estou com fome! E estou feliz com o resultado disso tudo. Talvez se não fosse esse momento não teria ficado focado no meu novo projeto, canal no YouTube.

Cutback: Conta algum perrengue que você já passou em um mar gigante.

Pinguim: Eita, alguns! Pipe sempre muito sinistro. Raso, forte! Matador. Tomar onda na cabeça lá e a pior sensação do universo. Pensei várias vezes se precisava viver aquilo para pagar minhas contas... tenso! Mas tirei como aprendizado e meu psicológico vai mais forte para certas situações. Onda na cabeça dá ânimo pra próxima aventura!

 
 
 

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