top of page
Buscar

Shaper de Cabo Frio é uma das maiores referências da região


Dado terminando uma prancha. Foto: Acervo Pessoal

No surf praticamente todos os equipamentos são feitos com a mais pura arte. Desde a rabeta, passando pelas quilhas, o formato da borda... a prancha é uma obra prima. Um dos mais antigos shapers de Cabo Frio – Dado – tem muita importância no cenário do esporte local e é um dos mais reconhecidos especialistas no assunto. Shaper profissional desde 1988, Dado sempre preferiu fazer bons exemplares de prancha.

Nos anos 70/80 o surf era muito marginalizado e ninguém queria que seus filhos/netos fossem “vagabundos surfistas”, mas na contra mão dessa linha, o pai do Dado o incentivou a entrar no meio do esporte e ser o que quisesse. Para a época, isso era muito avançado. O cabofriense tem vasta experiência e tem um nome bem consolidado, "shapiando" para grandes atletas da nova geração, como a Karol Ribeiro.

Ao Cutback, Dado contou um pouco da sua história, o seu inicio no surf, e as dificuldades enfrentadas na modalidade. Confira!

Cutback: Quando você começou a surfar?

Dado: Sou shaper profissional dede 1988, mas comecei a surfar em 1977, com 8 anos de idade.

Cutback: Você é um dos mais antigos shapers de Cabo Frio. Da aonde veio a sua paixão pelas pranchas?

Dado: Logo na minha primeira caída, com uma prancha emprestada me senti contagiado. Como prancha de surf era muito caro e eu não tinha grana para ter uma, com 12 anos resolvi reformar pranchas velhas quebradas para usar e em poucos meses já estava descascando essas mesmas pranchas e laminando novamente. Meses após já estava fabricando as minhas próprias pranchas.

Dado em free surf na Praia Grande, Arraial do Cabo. Foto: Acervo Pessoal

Cutback: Alguém te inspirou a fazer pranchas?

Dado: Sim, meu pai (Sr Aristeu), quem foi meu maior incentivador. Enquanto a maioria dos pais não queriam seus filhos misturados com os “maconheiros e vagabundos” o meu depositava em mim confiança e muita esperança.

Cutback: Qual a maior dificuldade que você enfrentou em todo o seu tempo de surf?

Dado: No início, muitos preconceitos. Na fabricação, muitas dificuldades de acesso às informações e materiais.

Cutback: Você já competiu alguma vez ou sempre preferiu fazer as pranchas?

Dado: Meu foco sempre foi fazer pranchas, competição somente como apoio para atletas.

Cutback: Na sua opinião, o que falta para os talentos locais irem para frente?

Dado: Patrocínios. Mas em alguns casos falta suporte e orientação para o atleta conseguir apoio de patrocinadores.

Cutback: Em sua opinião, qual a melhor onda da Região dos Lagos?

Dado: Praia do Peró, com um sudoeste bem fraquinho. Minha paixão, onde aprendi e peguei as melhores com os meus grandes amigos.

 
 
 

3 Comments


victorlotustattoo
Oct 30, 2019

Construímos uma boa amizade com muitas lembranças boas.

E a evolução não pára!!!


Abraços meu amigo!!

Like

dadoshaper
Oct 21, 2019

Victor, eu sou grato a você e todos os amigos que acreditaram no meu trabalho, você fez parte da minha evolução como shaper designer. Obrigado!!

Like

victorlotustattoo
Oct 19, 2019

Gostaria de contar um história... tentarei ser breve pois tenho muito a falar.


Minha primeira prancha que encomendei foi com o Dado. Quando ainda trabalhava junto com Mariano Maia no bairro das Palmeiras em Cabo Frio. Eu gostava do diferencial dele, pois tudo era diferente. O Dado desenvolveu umas pranchas pra mim muito diferentes.

Eu evolui tanto, que não parei mais de fazer as pranchas! Depois passei a competir e o Dado junto com o Mariano, sempre me apoiando. Aprendi tanto com eles, que acabei virando “shaper” também. Hoje, surfo de longboard, não faço mais pranchas para o mercado, apenas as minhas. E sou agora, tatuador.

Uma palavra que tenho a dizer para meu amigo Dado: GRATIDÃO

Like

©2019 by Blog Cutback. Proudly created with Wix.com

bottom of page