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"Pedi algumas dicas para o Ítalo sobre aéreo" - Lucas Vicente fala com o Cutback


Lucas com o troféu de campeão mundial. Foto: Divulgação

O Brasil é o país da vez no surf, isso já é um fato confirmado. Nos últimos 6 anos, os surfistas tupiniquins levaram 4 títulos mundiais da WSL. E não é só no profissional que os brasileiros fazem bonito, na categoria Pro Jr (sub 18) também. Lucas Vicente, de Santa Catarina, é o atual campeão do mundo sub 18, conquistando o título em 2019, em Jinzun Harbor, Taiwan. O jovem competidor, local da Praia da Joaquina, em Florianópolis, começou no surf por influência do seu pai e desd muito novo se destacou em competições locais. Aos 5 anos Vicente disputou um evento na categoria sub-12, muito acima da sua idade e acabou ficando em 4° lugar. Lucas entra para um seleto grupo de brasileiros campeões do mundo na categoria Pro Jr, entre eles está Adriano de Souza - que levantou o caneco sub 18 em 2003 e o profissional em 2015 - e Gabriel Medina, que levou o jr em 2013 e o profissional em 2014. Além do ídolo máximo Fábio Gouveia, que ganhou o mundial amador em 1988. Ao Cutback, o catarinense falou dos próximos passos da carreira, do planejamento de competição, como foi a sua experiência em pegar um mar grande em Saquarema. Confira! Cutback: Você recentemente caiu em um mar gigante em Saquarema. E no vídeo você fala que foi uma das poucas vezes que surfou na cidade. Todos elogiam muito a onda do local, ela é realmente boa?

Lucas: Sim, realmente não fui muitas vezes para Saquarema. Só tinha ido duas ou três vezes antes dessa viagem, mas sempre quando eu fui estava meio pequeno e essa foi a primeira vez que eu fui para pegar um swell. E aquele lugar é muito irado, tem várias opções de onda e me apaixonei, lá realmente de 10 a 12 pés são altas ondas e peguei Itaúna clássica de manobra, triângulo, de 4,5 manobras e nos outros dias com condição de ondas gigantes, pesadas. Tudo que eu estava precisando, então foi animal pra me reinventar e pegar altas ondas.

Se preparando para o tubaço de Fernando de Noronh. Foto: Alex Miranda

Cutback: O seu surf é muito acima da média, mesmo você sendo muito novo. Desde quando você teve a certeza de que poderia avançar cada vez mais nas competições?

Lucas: Então, eu comecei a competir aos cinco anos e eu competindo em categoria sub-12 já fiz final, fiquei em quarto. Então, sabia que eu estava indo muito bem e fui continuando, conquistando bons resultados e com 10 anos eu fui campeão catarinense sub-12. A partir dali realmente eu vi que eu estava em um nível muito bom e dava pra eu ir longe.

Cutback: Você entra para um hall de grandes campeões mundiais na sua categoria. Tu é a inspiração de muito atleta, até surfistas mais velhos que você. Ti tem noção disso, de que você já é um grande nome?

Lucas: Então, eu já vi alguma pessoas falando disso e tal, mas eu nem penso muito nisso. Tento realmente ser eu, ser do meu jeito. da minha maneira e pô eu gosto muito de simplicidade. Então para mim isso é muito importante, mas eu tento sempre deixar um bom legado, uma boa impressão e tentar inspirar os outros de qualquer maneira.

Estilo monstro dentro do tubo. Foto: Luan Hanada

Cutback: Gabriel Medina, Adriano de Souza... campeões mundiais no profissional e no pro jr são nomes importantes do esporte. Você se espelha neles para conseguir conquistar também o mundial profissional?

Lucas: Sim, com certeza eu me espelho neles. Eu já fiz algumas viagens com Adriano inclusive, com Yago [Dora] e realmente eles me inspiram a cada dia. Inclusive com Ítalo, sou bem próximo dele, então eles me espelham. Tento fazer o que eles sempre estão fazendo, tentar pegar uma dica ou outra com eles. Inclusive quando eu estava no nordeste, eu pedi algumas dicas para o Ítalo sobre aéreo rodando de slob, ele passou e acabou acontecendo e é muito bom estar perto e ser inspirado por eles também.

Cutback: Existe um planejamento para que você consiga chegar na elite da WSL em alguns anos?

Lucas: Sim, existe uma planejamento junto com minha equipe inteira e já faz alguns anos que vem dando certo, a gente sempre faz. Coloca os objetivos a mais, a longo prazo e graças a deus vem dando tudo certo. Cutback: Tu é da mesma equipe do Ítalo Ferreira, o atual campeão do mundo. A marca tem um planejamento para que você siga nas competições?

Lucas: Sim, eu sou da mesma equipe de Ítalo. A gente já fez algumas viagens juntos também, tenho uma boa relação com ele. E, sim, a Billabong tem me dado todo amparo que eu preciso, eles tem um planejamento incrível para mim e eu amo estar trabalhando com eles.

Vraaaaaa. Foto: Willian Zimmermann

Cutback: O que tem feito nessa época o isolamento social? Ficado mais com a família, treinando... ?

Lucas: No início eu foquei bastante no meu treino físico, eu sabia que ia ser uma época muito importante para manter o físico e manter meu psicológico em dia. Então foquei bastante nisso e a partir do momento que as praias reabriram em Floripa tentei buscar alguns picos mais isolados para poder surfar sozinho. Tenho treinado bastante, tenho filmado, tenho editado alguns vídeos. Acredito que é muito importante estar produzindo conteúdos importantes. Agora vim aqui para o Rio para pegar esse swell, fui para o nordeste também porque meu apoiador me chamou, saí do Joca [Joaquina] e fui fazer um treino por lá.

Cutback: Conta um perrengue que você tenha passado em um mar grande. Lucas: Nunca cheguei a passar algum perrengue muito bizarro, mas negócio de tomar um caldo muito bizarro. Inclusive agora em Saquarema eu tomei. Eu fui surfar na laje [Jaconé] de remada, só estava eu e meu amigo, ele ficou berrando para eu ir e quando eu fui fez um degrau bem na hora do drop. Tive que ejetar da prancha, tomei maior caldão, estava surfando sem colete, e quando eu levantei veio uma onda do dobro do tamanho que eu tinha vacado. Tomei essa e fiquei um bom tempo embaixo d'água, depois voltei para fora e tentei pegar a boa de novo.

 
 
 

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